NEGPEI divulga e convida a todes para participar do webinar organizado pela Amassuru: “La cuantificación de los feminicidios en América Latina”.
A Amassuru é uma rede de mulheres que trabalham com questões de segurança e defesa na América Latina e no Caribe (ALC), criada para promover o trabalho das mulheres na região, além de facilitar a visibilidade e os espaços de discussão na região.
O webinar contará com a participação da integrante e doutoranda do NEGPEI, Alessandra Jungs de Almeida, juntamente com Claudia Daniel (IDES-CONICET), Ángela Oyhandy (UNLP) e Angelina Solari (UNL). A mediação será conduzida por Natalia Romero Marchesini (idIHCS-UNLP/CONICET).
Detalhes do Evento
Data: 26 de julho
Hora: 18:00 (Horário de Brasília)
Plataforma: Zoom
Para participar, é necessário realizar a inscrição neste link.
O NEGPEI convida a comunidade UFSC para a defesa de tese da doutoranda do PPGRI e membra do NEGPEI Alessandra Jungs de Almeida.
Pedimos para quem for assistir, que inscreva-se no seguinte link.
Título: Direitos reprodutivos na América Latina: ativismos transnacionais e a evolução das políticas de legalização e criminalização do aborto na Argentina e no Brasil (2010-2022)
Resumo: Esta tese de doutorado analisa como os movimentos feministas e antifeministas transnacionais promoveram a difusão e a internalização de normas internacionais sobre direitos reprodutivos no Brasil e na Argentina entre 2010 e 2022. A pergunta central é: “Como os ativismos transnacionais feministas e antifeministas promoveram e internalizaram normas internacionais sobre a legalização e criminalização do aborto no Brasil e na Argentina?” Os objetivos da tese incluem: (1) identificar as ações, estratégias e métodos de ativismos transnacionais feministas e antifeministas no Brasil e na Argentina, situando historicamente suas ações; (2) analisar teoricamente as ações desses ativismos em fóruns multilaterais relacionados a gênero e sua relação com a política externa de ambos os países; (3) entender como esses ativismos transnacionais demandam, recusam e produzem dados para seus objetivos políticos. O argumento desenvolvido é que o movimento feminista da Maré Verde, que emergiu na Argentina mas atuou transnacionalmente, conseguiu articular e difundir a norma da legalização do aborto regionalmente sem depender das estruturas do Norte global, desafiando as teorias clássicas da difusão de normas que enfatizam a dependência das redes transnacionais em relação ao Norte global. Por outro lado, os movimentos antiaborto transnacionais do Brasil e da Argentina utilizaram estratégias de contra enquadramento, apesar de não terem envolvimento formal na maior parte das organizações internacionais regionais. Além disso, a demanda, recusa ou produção de dados pelos ativismos transnacionais feministas variou conforme a necessidade de capital e recursos humanos. Por vezes, organizações locais priorizaram o ativismo de dados interno, usando o ativismo transnacional de dados como recurso complementar. Em contraste, ativistas antiaborto utilizam estratégias de contra enquadramento, empregando a linguagem internacional de direitos humanos para se opor aos esforços de produção de dados dos grupos pró-direitos reprodutivos. A metodologia combina entrevistas com 17 ativistas de organizações e movimentos sociais transnacionais, análise documental de 770 documentos de fóruns multilaterais (dos quais 249 referem-se a direitos reprodutivos), e análise discursiva de material publicado por grupos antiaborto em suas mídias sociais.
Title: Reproductive Rights in Latin America:Transnational Activism and the Evolution of Abortion Legalization and Criminalization Policies in Argentina and Brazil (2010-2022)
Abstract: This PhD dissertation analyzes how transnational feminist and anti-feminist movements promoted the diffusion and internalization of international norms regarding reproductive rights in Brazil and Argentina between 2010 and 2022. The central question is: “How did transnational feminist and anti-feminist activism promote and internalize international norms on the legalization and criminalization of abortion in Brazil and Argentina?” The objectives of the dissertation include: (1) identifying the actions, strategies, and methods of transnational feminist and anti-feminist activism in Brazil and Argentina, historically situating their actions; (2) theoretically analyzing the actions of these activism in multilateral forums related to gender and their relationship with the foreign policy of both countries; (3) understanding how these transnational activism demand, refuse, and produce data for their political goals. The developed argument is that the feminist movement of the Green Wave, which emerged in Argentina but operated transnationally, managed to articulate and disseminate the norm of abortion legalization regionally without relying on the structures of the global North, challenging classical theories of norm diffusion that emphasize the dependence of transnational networks on the global North. On the other hand, transnational anti-abortion movements in Brazil and Argentina used counter-framing strategies, despite not having formal involvement in most regional international organizations. Furthermore, the demand, refusal, or production of data by transnational feminist activism varied according to the need for capital and human resources. Sometimes, local organizations prioritized internal data activism, using transnational data activism as a complementary resource. In contrast, anti-abortion activists used counter-framing strategies, employing the international language of human rights to oppose the data production efforts of pro-reproductive rights groups. The methodology combines interviews with 17 activists from transnational organizations and social movements, a document analysis of 770 multilateral forum documents (249 of which refer to reproductive rights), and a discourse analysis of material published by anti-abortion groups on their social media.
Na última semana, ocorreu a III Conferência Ministerial sobre Políticas Exteriores Feministas, realizada na Cidade do México, México. O evento reuniu Ministras e Ministros de Relações Exteriores, especialistas, organizações da sociedade civil e outros atores envolvidos com os princípios de igualdade de gênero, não discriminação e eliminação da violência de gênero por meio de políticas exteriores.
O NEGPEI, representado pela sua coordenadora Profª. Dra. Mónica Salomón, participou do evento paralelo da sociedade civil intitulado “Hacia una Política Exterior Feminista en América Latina y el Caribe”, realizado no dia 2 de julho de 2024. Este evento teve como objetivo criar um espaço de diálogo horizontal, inclusivo e multilateral para refletir sobre o que torna uma política exterior feminista, as implicações de denominar uma política exterior como feminista na América Latina e no Caribe, e quais temas e prioridades conformam a agenda da política exterior feminista na região.
O evento paralelo contou com 4 painéis, nas seguintes temáticas:
Painel 1: Introdução ao PEF: Conceituação e mecanismos de participação
Painel 2: Uma nova economia para a justiça fiscal feminista internacional.
Painel 3: Direitos sexuais e reprodutivos para um FPE na América Latina e no Caribe.
Painel 4: Acesso à justiça como questão do FPE.
Detalhes da Conferência
A conferência principal visou discutir medidas e estratégias atuais para promover a igualdade na política exterior, identificando boas práticas e lições aprendidas, analisando desafios e propondo soluções inovadoras no contexto do Pacto para o Futuro das Nações Unidas. O evento contou com a presença de representantes de diversos países que já adotaram políticas exteriores feministas ou que têm interesse em incorporar essa perspectiva em suas políticas.
Para assistir às gravações da Conferência Ministerial, acesse os links abaixo:
O Programa de Internacionalização (PrInt/UFSC) promove o esquenta do Seminário Internacional Fazendo Gênero 13!
O Seminário “Contra o fim do mundo: onde estão as esperanças? Violências, gênero, diversidades” tem como objetivo reunir pesquisadoras e pesquisadores internacionais com o corpo docente e discente dos programas de pós-graduação da UFSC para um debate qualificado sobre os temas do subprojeto PrInt/Capes, Práticas Culturais, Direitos Humanos e Educação: violências, gênero, diversidades (PPGICH; PPGP; PPGLit; PPGECT).
O evento acontece, presencialmente, no dia 26 de julho, no Auditório do Bloco E – Anexo CFH/UFSC, entre 9:30 e 18:00. Também haverá transmissão pelo canal do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC) no Youtube e interpretação de libras.
Mais informações, sobre o Seminário Internacional Fazendo Gênero 13, evento que ocorrerá presencialmente de 29 julho a 2 de agosto de 2024, no Campus da UFSC, podem ser encontradas no site do evento.
Contatos
Núcleo de Estudos de Gênero na Política Externa e Internacional (NEGPEI) da UFSC